No primeiro volume, Carniça, de Paula Febbe, conheça a história de uma aldeia em que os habitantes não morrem, pois não possuem conhecimento sobre a morte. A morte não é significada, falada, discutida ou sentida. Ela simplesmente não existe, nem nunca existiu. É também uma ode à muito do que nos move, mas pode nos destruir.
No segundo volume, Claroscuro, de Oscar Nestarez, temos a história dos jovens irmãos paulistanos Lúcio e Dário, condenados a um castigo tão injusto quanto inexplicável: uma balança psicológica rege suas vidas. Ou seja, enquanto um deles está feliz e leve, quase a ponto de flutuar, o outro afunda na mesma medida. Quanto mais impregnado de vida um dos irmãos se sente, mais esvaziado dela está o outro — e vice-versa.
No terceiro volume, O dedo da santa, de Jaime Azevedo, estamos em um Brasil Colônia alternativo, regido pela Coroa Espanhola e no qual uma praga misteriosa empurrou os sobreviventes para debaixo da terra. O abrigo de remanescentes da religiosa vila de Ossário de Santa Cunegunda é governado com mão de ferro pela Madrinha. No caminho para a salvação estão os sangrentos conflitos internos entre homens e mulheres, nobres e plebeus, escravos e senhores, a pressão do confinamento e os pavorosos bebês que teimam em devorar as mães ao nascer.
No quarto volume, O receptáculo, de Larissa Prado, a jovem Rebeca tenta seguir uma nova vida com o filho no luxuoso condomínio Eldorado. Porém, nada acontece como ela planeja. No lugar que deveria ser de tranquilidade e conforto, os vizinhos passam a agir de forma estranha. Aos poucos, o deslumbre dá lugar à perturbação e a sombra da loucura paira sobre a mente de Rebeca, chegando ao ápice quando o filho desaparece sem deixar vestígios.